Irei apresentar aqui a sinopse e o trailer do filme (ACOSSADO) e uma pequena biografia e trajetória do diretor Jean-Luc Godard do qual eu simplesmente adorei conhecer e que recomendo para qualquer admirador ou admiradora de filmes clássicos.
(ACOSSADO) Primeiro longa do diretor – 1959
Sinopse
Em seu filme de estréia, Godard desconsiderou as formas convencionais e inovou a arte cinematográfica. Em uma narrativa fragmentada apresenta Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo), um típico ladrão parisiense e admirador de Humprey Bogart. Ao longo da trama ele se envolve com a jovem norte-americana Patrícia (Jean Seberg), que o ajudará a escapar da policia. Um filme de perseguição espirituoso, romântico e inovador, que abriu portas para a nouvelle-vague. Com roteiro de François Truffaut, Acossado é uma obra-prima da cinematografia francesa.
Trailer do Filme
Jean-Luc Godard (Cineasta francês)
Godard iniciou sua carreira com um cinema de vanguarda, com temas polêmicos que trataram dos dilemas e perplexidades do século 20. Criado na Suíça, seu pai era médico e sua mãe era filha de um banqueiro. Jean-Luc Godard estudou etnologia na Sorbonne, em Paris.
A partir de 1952, começou a trabalhar, escrevendo crítica de cinema nas páginas de La Gazette du Cinema e Cahiers du Cinéma. Fez uma série de curta-metragens, alguns deles supervisados por François Truffaut.
Seu primeiro longa metragem, "Acossado" (1959), foi ponto de referência na cinematografia francesa, com um relato anti-heróico que rompia com muitas convenções. Audacioso, o cineasta adotou inovações narrativas e filmou com a câmera na mão, rompendo regras até então invioláveis.
Esse filme foi um dos primeiros da Nouvelle Vague, movimento que se propunha a valorizar a direção, reabilitando o chamado filme de autor. Os companheiros de Godard na Nouvelle Vague foram Rivette, Truffaut, Chabrol e Rohmer.
Godard filmou, entre outros, "Uma Mulher é uma Mulher" (1961), "Viver a vida" (1962), "Tempo de Guerra" (1963), "O Desprezo" (1963, com Brigitte Bardot), "Uma Mulher Casada, (1964), "Pierrot le Fou" (1965), "Alphaville" (1965), "O Demônio das 11 Horas" (1965), "Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela" (1966), "A Chinesa" (1967), "Weekend à Francesa" (1968).
Os filmes realizados durante os anos 1960 e 1970 revelam a influência dos ideais contra a Guerra do Vietnã e o movimento estudantil de maio de 1968. Godard criou o grupo de cinema "Dziga Vertov", em homenagem ao cineasta russo, e voltou-se ainda mais para o cinema político.
"Pravda" (1969) tratou da invasão soviética da Tchecoslovaquia; "Vento do Oriente" (1969), teve o roteiro do líder estudantil Daniel Cohn-Bendit; e "Até a vitória" (1970) enfocou a guerrilha palestina.
Sua obra mostra a evolução de um estilo pessoal que mesclava a ficção com partes quase documentais, ou comentários do autor. Na maioria, eram protagonizados por Anna Karina (sua esposa entre 1961 e 1967), que foi a primeira de uma série de atrizes que revelou, como Anne Wiazemsky (sua esposa de 1967 a 1979), Maruschka Detmers, Myriem Roussel e Juliette Binoche.
Depois de uma breve passagem pelo cinema comercial com "Tout Va Bien" (1972), o cineasta passou a trabalhar com televisão e vídeo. Retornou ao cinema em 1980, com "Salve-se Quem Puder - A Vida", mantendo seu espírito crítico e inovador em "Passion" (1982) e outras produções. Em 1983, "Prénom" ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Em 1990, Godard rodou "Nouvelle Vague", filme dedicado a esse movimento cinematográfico.
"Je Vous Salue, Marie" (1984), uma visão modernizada da Virgem Maria, provocou polêmica em vários países e foi o último filme proibido no Brasil, em 1986.
(texto retirado do site( http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u403.jhtm))
Beijos